MENINGITE: COMO DIAGNOSTICAR?


O Dia Mundial de Enfrentamento à Meningite foi definido para 24 de abril. O objetivo desta data é lembrar a população sobre os sintomas da doença, da vacinação e da relevância em buscar ajuda médica imediatamente em caso de suspeitas.

O QUE É A MENINGITE?

A meningite se caracteriza pela inflamação das meninges, que são membranas protetoras do sistema nervoso central. A doença dificulta o transporte de oxigênio para as células do organismo — ocasionando lesões motoras, mentais e auditivas. A doença é contagiosa e pode ser fatal.

Existem diversos tipos da doença, sendo a meningite viral e a meningite bacteriana as mais comuns e capazes de causar surtos. A meningite pode atingir pessoas de todas as faixas etárias, mas ocorre com mais frequência em pessoas que estão com o sistema imunológico fragilizado, como é o caso de idosos e crianças (principalmente, as menores de dois anos).

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA MENINGITE?

A meningite viral é mais leve, tem sintomas bem parecidos com os de uma gripe ou resfriado e costuma ser tratada em até duas semanas.

Sintomas da meningite viral

· rigidez da nuca;

· sensibilidade aumentada à luz;

· dor de cabeça;

· febre;

· vômitos.

A situação fica mais grave quando a doença é causada por bactéria, já que o risco de comprometimento cerebral é maior. Nesses casos é comum que seja necessária internação.

Sintomas da meningite bacteriana

· febre alta;

· rigidez da nuca;

· forte dor de cabeça;

· náuseas;

· dor no pescoço;

· manchas vermelhas na pele (característica apresentada na meningite meningocócica).

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO?

Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de contrair a doença:

· Idade: de acordo com a idade, a meningite pode afetar com mais facilidade;

· Gravidez: durante a gravidez, as mulheres possuem maior chance de contrair a meningite por conta da bactéria Listeria Monocytogenes, que se aloja com mais facilidade no corpo durante esse período;

· Imunidade baixa: a meningite também é mais comum em pessoas com a imunidade baixa, ou aquelas que possuem doenças que prejudicam o sistema imunológico, como a AIDS.

COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO DE MENINGITE?

O diagnóstico de meningite deve sempre ser considerado em qualquer paciente com febre e manifestações neurológicas, principalmente em imunossuprimidos ou após traumatismo cranioencefálico significativo. O prognóstico da meningite bacteriana é dependente do intervalo entre o aparecimento da enfermidade e o início da antibióticoterapia, por isso não se deve atrasar o início da terapêutica para coletar exames e líquor.

Além da avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente, um exame laboratorial é realizado por meio da coleta por punção lombar para confirmar o diagnóstico. O objetivo é analisar se existe a presença do micro-organismo causador da infecção das meninges, em conjunto com a avaliação dos parâmetros bioquímicos na amostra coletada. A punção lombar imediata está contraindicada somente nos casos em que existe suspeita de hipertensão intracraniana, instabilidade hemodinâmica grave, ou infecção da pele no local da punção.

Também é comum a realização de exames de sangue e urina para saber qual é o estado geral de saúde do paciente.

O papel dos exames de imagem nestes pacientes é, usualmente, bem menor que em outras doenças que acometem o sistema nervoso central. As indicações de tomografia computadorizada ou ressonância magnética são mais frequentes em estágios mais graves da doença, que incluem a presença de sinais de hipertensão intracraniana (como o edema de papila), coma, ausência de resposta ao tratamento antimicrobiano, suspeita de encefalite herpética (lesões parenquimatosas temporais ou fronto-orbitais), suspeita de foco extra-meníngeo, tumores e hemorragias.

As complicações são também bem avaliadas por exames de imagem e incluem abscesso cerebral, coleção subdural, cerebrite, hipertensão intracraniana, trombose de seios venosos, hemorragia subaracnoide, vasculite, trombose venosa, infarto cerebral e mielite transversa.

Mesmo nos casos de indicação de TC ou RNM, a terapia antimicrobiana não deve ser adiada diante da suspeita de meningite.

MENINGITE BACTERIANA NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA


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